Justiça revoga prisão de delegado do AM alvo de operação da PF por sequestro e tortura

  • 24/05/2025
(Foto: Reprodução)
Delegado Adriano Félix teve a prisão revogada pela Justiça de Roraima por não oferecer mais riscos para a coleta de provas durante a investigação do caso. Delegado Adriano Félix, titular do 22º Distrito Integrado de Polícia (DIP) Erlon Rodrigues/PC-AM O delegado da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) Adriano Félix, teve a prisão revogada pelo Poder Judiciário do Estado de Roraima. A autoridade policial foi um dos alvos da Operação Jeremias 22:17, da Polícia Federal (PF), que investiga o sequestro e a tortura de um homem no município de Caracaraí, em Roraima. 📲 Participe do canal do g1 AM no WhatsApp A investigação aponta que os policiais do Amazonas, durante a apuração de um suposto roubo de cassiterita, teriam sequestrado e torturado um suspeito para que ele revelasse o destino de uma carga de minério. Policiais do estado de Roraima também teriam participado da ação. Na decisão, a juíza Noêmia Cardoso, informou que revoga a prisão de Adriano Felix por não oferecer mais riscos para a coleta de provas durante a investigação do caso. "No caso concreto, o fundamento central da medida —a preservação da investigação — encontra-se superado, não havendo, até o momento, qualquer elemento concreto que indique que a liberdade dos investigados possa comprometer a apuração dos fatos", diz a juíza na decisão de revogar a prisão do delegado. Apesar da prisão ter sido revogada, a Justiça de Roraima também impôs medidas cautelares contra ele, como o afastamento das funções públicas como delegado no Amazonas. Os demais policiais do estado que foram alvos da operação seguem presos. O g1 não conseguiu contato com a defesa do delegado até a última atualização desta reportagem. Operação jeremias 22:17 De acordo com a PF, os suspeitos teriam, em tese, organizado um grupo criminoso com diversas atividades ilegais. Entre essas atividades estariam: escoltar cargas de minérios extraídos ilegalmente da Terra Indígena Yanomami; prestar serviços de segurança de forma clandestina; e realizar investigações paralelas sobre roubos de carga. Ao todo foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão e sete mandados de prisão temporária, expedidos pelo Tribunal de Justiça de Roraima. Além de Roraima e Amazonas, as ações policiais ocorreram também nos seguintes estados: Bahia; São Paulo; Rio Grande do Sul. Operação prende policiais do Amazonas por suspeita de sequestro e tortura em Roraima Sequestro e tortura Os crimes aconteceram no dia 8 de fevereiro de 2023 na vicinal 3, em Caracaraí, localizado ao Sul de Roraima. A vítima sofreu lesões nos pulsos e marcas de tapas no peitoral. Além disso, ele sofreu choques na região do tórax. À Polícia Militar, o pai da vítima relatou que estava trabalhando em um terreno com o filho quando um carro parou no local e três homens desceram do veículo. Segundo o relato, os homens se identificaram como policiais civis e um deles perguntou a localização da vicinal 4, onde estaria ocorrendo uma briga. Por conta disso, em uma motocicleta, a vítima os acompanhou até o local. No entanto, quando chegou ao local indicado, o homem foi algemado e ameaçado com tapas e choques elétricos. Além disso, os suspeitos afirmaram que incendiariam a motocicleta dele caso não colaborasse. Com a vítima, eles seguiram até o município de Iracema e posteriormente seguiram para Mucajaí. Dentro do carro, a vítima foi pressionada a cerca de alguma informação sobre um caminhão graneleiro que, segundo os suspeitos, foi furtado e transportava cassiterita, um metal usado para produzir ligas. Durante o interrogatório, outros três homens chegaram ao local e informaram que pertenciam ao Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope). Na ocasião, eles pegaram o celular da vítima para averiguar se ele estava envolvido no caso ou se tinha informações sobre o paradeiro de um outro homem. Ao fim da ação, eles liberaram a vítima e, inclusive, lhe deram R$ 60 para que ele pegasse um ônibus rodoviário e retornasse para Caracaraí. Os dois policiais do Amazonas foram presos à época, após serem denunciados. LEIA TAMBÉM: Massacre do Rio Abacaxis: PF indicia 13 pessoas por mortes e abusos contra ribeirinhos e indígenas no AM PF faz operação contra grupo de milicianos que comercializava ouro ilegal na Amazônia Foram três mandados de prisão cumpridos em Manaus Divulgação/PF

FONTE: https://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2025/05/24/justica-revoga-prisao-de-delegado-do-am-alvo-de-operacao-da-pf-por-sequestro-e-tortura.ghtml


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